A equipa de Psicologia que trabalha no nosso centro achou que seria importante a publicação deste artigo publicado na revista "Bebé d'hoje" de Maio de 2008.
Assim, temos todo o gosto em fazer a publicação no mesmo na integra, deixando à consideração dos nossos leitores a análise que acharem oportuna.
Questão: "O nosso filho tem trinta meses e ainda dorme na cama connosco. Gostávamos de o mudar, mas temos medo que sofra. Como devemos fazer?"
Resposta: A mudança pode fazer-se em poucos dias ou em várias semanas. Dependerá da reacção da criança, da vossa angústia e ainda da vossa capacidade de tolerância se ele se opuser.
O ideal é começar pelo dia: deixá-lo durante um bocado no seu quarto a brincar, se possível sozinho, para que se familiarize com ele e seja um sítio onde goste de estar.
Quando já tiverem passadas umas semanas, explique-lhe que quer que ele durma ali. Se experimentar e ele dormir bem, de manhã faça-lhe uma "festa" elogiando-o bastante,
Se der problemas e resistir terá de ir mais devagar. Em primeiro lugar deve evitar que a crianças adormeça agarrada a vocês. Nesses momentos ele sente o vosso calor, a vossa presença e isso transmite-lhe segurança. Se acorda a meio da noite, ao vê-los relaxa e volta a dormir. Sendo assim, para conseguir que ele fique sozinho no seu quarto, terá que sair antes da vossa cama. Poderá colocar um colchão ao lado da cama, mas que não fique encostado a nenhum dos dois. Quando passar uma semana a dormir bem, coloque um biombo ou um lençol para que não os possa ver e, passados 15 dias passe-o para o seu quarto.
As crianças não são muito adeptas de mudanças e fazem o que sabem que os pode ajudar a conseguir o seu objectivo ou acalmar os pais: chorar.
Além disso, quando mudar o seu filho para o seu quarto ele notará alguns pequenos detalhes diferentes e é provável que acorde com mais frequência porque o ambiente não é o mesmo a que está habituado.
Quando se decidir por mudá-lo, terão que estar preparados para assistir a uma chantagem emocional e transmitir-lhe carinho e segurança. Actuem sempre da mesma forma para que ele se dê conta de que, aconteça o que acontecer, a mudança é irreversível e que tudo será diferente.
In "Bebé d'hoje", Maio 2008
A equipa de Psicologia
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