Com origem em Franz Anton Mesmer, médico alemão nascido em 1734, a teoria do magnetismo animal, também designada por mesmerismo, consiste na cura de males físicos ou psíquicos, sujeitando os enfermos a "passes magnéticos".
Segundo este investigador, tudo o que existe no Universo contém uma mesma energia ou fluido orgânico. As doenças são provocadas pela distribuição desarmónica desse fluído no corpo do doente. A cura é conseguida reequilibrando essa força.
Assim, o magnetismo é o fluido energético mais ou menos forte que todos os seres vivos possuem. É o "algo mais" do que o que os nossos sentidos conseguem alcançar e perceber.
Os animais e plantas possuem uma maior sensibilidade para com as energias e vibrações do que o ser humano. São capazes de captar variações de temperatura, mudanças ambientais e toda a carga vibracional à sua volta.
Algumas pessoas são dotadas de uma sensibilidade especial e conseguem, tal como os animais, captar mudanças e correntes, perceber presenças e modificações invisíveis à sua volta - são o que podemos chamar "seres sensitivos".
Esta técnica terapêutica é utilizada especialmente pela imposição das mãos, podendo por essa via, aliviar dores e, por vezes, até curar doenças.
Pode aplicar-se em dores de cabeça, dores de dentes ou faciais, ansiedade, insónias, sono agitado, nervosismo, timidez, doenças de estômago, perturbações da digestão, indigestão, inflamações intestinais, prisão de ventre, asma, bronquite, doenças de coração, perturbações vasculares, ideias fixas e obsessões, etc.
Os magnetizadores são todos os que exercem esta arte com o objectivo de tratar doentes utilizando a técnica de "passe de magnetismo", transmitindo o magnetite ou fluído aos doentes.
As forças magnéticas não são apenas físicas; revelam-se também a nível espiritual e emocional. Entendê-las, e saber captá-las e utilizá-las é um desafio pessoal e uma nova forma de nos relacionarmos com os outros.
"O livrinho do Magnetismo", Miguel Esteves, Arte Plural Edições, 2006